Guardiões da Galáxia
[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2014/08/20140803-215326-78806082.jpg”] Guardiões da Galáxia, o mais novo filme da franquia Marvel/Disney é também o seu filme mais livre. Por se passar em outra galáxia, ele não se preocupa com os acontecimentos das produções anteriores e principalmente não procura retratar a atualidade ou criticar ações sociopolíticas (Capitão América 2), ele tem como simples e único […]
[img src=”http://saladadecinema.com.br/wp-content/uploads/2014/08/20140803-215326-78806082.jpg”]
Guardiões da Galáxia, o mais novo filme da franquia Marvel/Disney é também o seu filme mais livre. Por se passar em outra galáxia, ele não se preocupa com os acontecimentos das produções anteriores e principalmente não procura retratar a atualidade ou criticar ações sociopolíticas (Capitão América 2), ele tem como simples e único proposito nos divertir. E nisso ele acerta em cheio.
As cenas de ação são de encher os olhos, mas o destaque do longa está no humor. As várias referências à cultura pop dos anos 1980 são impagáveis, desde a dançante trilha sonora até as piadas escrachadas do protagonista Peter Quill (Chris Pratt). Quill é um humano abduzido ainda criança e que, ao crescer, passa a ser um fora-da-lei que se autodenomina “Senhor das Estrelas”, ele é o líder do grupo de anti-heróis formado no decorrer do filme.
Os outros integrantes são Gamora (Zoe Saldana) – assassina treinada e filha adotiva do tirano Thanos, Drax (Dave Bautista) – se junta ao grupo para vingar a morte de sua família – e os caçadores de recompensas Rocket (Bradley Cooper) e Groot (Vin Diesel) que são, respectivamente, uma experiência cientifica falastrona que se parece com um guaxinim e uma árvore gigante capaz de falar apenas uma frase. Apesar dos atritos iniciais, não demora muito para esse grupo de indivíduos passar a agir como uma equipe e sua química é excelente. Um completa o outro, tanto na ação quanto na comédia.
Mas é de praxe: um bom filme de heróis tem que ter um bom vilão. Ronan, o acusador (Lee Pace) é interessante, mas não é nada de outro mundo, mesmo literalmente sendo. Seu propósito e até seu visual são um tanto quanto comuns. Agora Thanos, o vilão de plano de fundo, que aparece por aí desde “Os Vingadores”, esse sim deve arrebentar quando tiver participações mais efetivas nos filmes.
O trabalho de James Gunn, diretor e roteirista ao lado de Nicole Perlman é excelente. O visual do filme, colorido e extravagante, é uma mistura de “Star Trek” com “O quinto Elemento”. Mas o que realmente tem que ser destacado é o roteiro. Em um filme de duas horas, Gunn conseguiu introduzir, contar a história e juntar cinco personagens distintos, tudo isso de uma forma sutil e ágil.
O elenco também está inspirado, Cooper e Vin Diesel mandam muito na dublagem de seus personagens e várias vezes roubam a cena, mas o destaque é sem dúvida Chris Pratt, que coloca seu hilariante tempo de comédia, já conhecido pelos fãs de Parks and Recreation, em seu protagonista irreverente.
Antes mesmo de sua estreia, “Guardiões” já tinha sua continuação confirmada, o que mostra a confiança dos produtores nesse filme arriscado e que é sim um dos melhores desse divertidíssimo Universo Marvel.