Paola Marques | 13 de abril de 2014

Dia do Beijo | Filmes pra você beijar muito!

Hoje é um dos dias do beijo, minha gente! E a gente aqui nem liga quantos são os dias do beijo, o importante é beijar muito! E vale de tudo: beijo fofo, apaixonado. Beijo intenso, exagerado. E tem até beijo… assustado! Vem conferir a lista de beijos do cinema que a gente ama! Cinema Paradiso […]

Hoje é um dos dias do beijo, minha gente! E a gente aqui nem liga quantos são os dias do beijo, o importante é beijar muito! E vale de tudo: beijo fofo, apaixonado. Beijo intenso, exagerado. E tem até beijo… assustado! Vem conferir a lista de beijos do cinema que a gente ama!

Cinema Paradiso

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Um beijo pode fazer sumir o mundo ao redor ou o tempo anterior — no fim de Cinema Paradiso, múltiplos beijos fazem sumir o filme inteiro. Confesso que nem me lembro das desventuras do menino Salvatore e do velho Alfredo, mas é impossível esquecer seu desfecho: numa espécie de cinema, o adulto Salvatore revê os beijos censurados nos filmes da sua infância, numa compilação feita pelo seu querido e falecido Alfredo. Colocar em série o ponto alto de tantas cenas românticas poderia tirar-lhes o impacto, banalizá-las, vulgarizá-las; mas o que acontece é bem diferente: assistimos a um desfile de casais antigos, de paixões congeladas em celuloide e de beijos que as trazem de volta à vida. E, depois disso, não há mundo ao redor, tempo anterior ou filme que não suma.
Por Henrique Balbi

A Dama e o Vagabundo

A Dama e o vagabundo

Se há duas coisas lindas nesse mundo, elas são o amor e os cachorros! No filme “A Dama e o Vagabundo”, animação da Disney de 1955, baseada em um conto do autor Ward Greene, o beijo perfeito fica por conta de um casal de cães. Dama, uma cadelinha da raça cocker spaniel, vive tranquila e feliz em uma casa da aristocracia, enquanto Vagabundo é um cachorro de rua vira-lata que tem se virar para sobreviver. Eles se encontram e iniciam um romance que os leva à cena de beijo em questão. Enquanto os dois comem um delicioso prato de spaghetti em um gueto qualquer, ambos acabam puxando o mesmo fio da massa, deixando que suas boquinhas e focinhos caninos se encontrem no meio do caminho. Aposto que tem muito casal apaixonado que imita essa cena por ai, não?
Por Paula Lopes

O Segredo de Brokeback Mountain

O Segredo de Brokeback Mountain

Um beijo intenso, sofrido, claramente desejado. E extremamente proibido. Estamos falando do encontro de Jack Twist e Ennis Del Mar, o par vivido por Jake Gyllenhaal e Heath Ledger. Os dois homens, que trabalham pastoreando animais, acabam descobrindo um amor proibido, que permeia suas vidas. E a de suas esposas. Um beijo ao mesmo tempo triste e apaixonado. Um beijo libertador para as personagens e para o cinema.
Por André Sobreiro

Meu Primeiro Amor

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Olhos fechados, conta até 3: Um, dois, três…. smack! Quem não se lembra do primeiro beijo entre Vada (Anna Chlumsky) e Thomas (Macaulay Culkin) em Meu Primeiro Amor, de 1991. O filme conta uma linda história de amor, aliás, a primeira de duas crianças. Apesar de não acabar bem, a narrativa é baseada na inocência e na descoberta das emoções. O beijo-selinho com direito a biquinho é uma das cenas mais bonitas do cinema da década de 1990.
Por Fernando Império

O Não-Beijo n’Ela

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Theodore abre a porta hesitante. Quem está prestes a entrar ali é a materialização da voz com quem ele se relaciona já há algum tempo. A garota pede um fone e a câmera, puxa a maçaneta e toca novamente a campainha, agora agindo de acordo com o que lhe pede Samantha. É ela, o programa de computador que não existe fisicamente, objeto da paixão platônica de Theodore. Eles se beijam em um não-beijo, na real. O envolvimento físico que rola ali não tem ligação com o emocional, e tudo fica ensaiado demais para prosseguir. O beijo não passa de um grande estranhamento físico para ele. Parece uma situação tão distante né? Pois quem já se aventurou por aplicativos como o Tinder conhece essa sensação de alguma forma. A pessoa que não passa de uma foto na palma da mão um dia vira alguém real, com sonhos, expectativas, opiniões, cheiro, tom de voz. Está armado o conflito entre a virtualidade e a realidade que vem desenhando as relações humanas nos últimos anos. Theodore encerra a tentativa sentado no meio-fio, debatendo a complexidade daquela situação com seu computador. É humano demais pra ela. O que fazemos com um ser de carne e osso?
Por Victor Gouvêa

Orgulho e Preconceito

Orgulho

Beijo é uma coisa que, apesar de ser aparentemente o mesmo (fisicamente falando) desde que “gente” se concebe como “gente”, teve diferentes significados ao longo da história. Há o beijo como início e o beijo como fim – e essas perspectivas mudam, mesmo, dependendo da época em que enxergamos. Em Orgulho e Preconceito – belíssimo filme do talentoso e meticuloso diretor Joe Wright – entendemos que o beijo é quase um fim em si naquele relacionamento, uma última etapa que corrobora o casamento ou (sinônimo de, na época) amor propriamente dito. Baseado na obra de Jane Austen, o longa nos dá outra perspectiva do beijo como manifestação de afeto, um momento final do “caminho ao amor”; por isso, temos como entrementes diversos momentos de “não-beijo” durante o decorrer da história, tais como a ótima “cena da chuva”, as danças em que Elisabeth e Darcy se veem sozinhos em bailes lotados, e os inúmeros olhares e gentilizes que eles trocam. Era assim também nos romances da própria Jane Austen: na época e na visão da romancista, o beijo devia ser conquistado. O trunfo é que, apesar disso soar datado, o perfeccionismo de Wright nos faz enxergar essa premissa sob outra perspectiva, mostrando esses pequenos takes de “beijos em significância” por diversos momentos. Por isso, quando chegamos ao clímax e ao beijo propriamente dito, já suspiramos por demais com as imagens anteriores – e compreendemos como aquele “ato de beijar” naquela época é essencialmente um símbolo de puro afeto e, tanto no costume social como na história de superação, uma recompensa mais do que merecida.
Por Vito Antiquera

O Diário de Bridget Jones

diario

­- Nice boys don´t Kiss like that.
– Yes, they fucking do!
E  a música  “Someone  like  you”,  não  aquela  eternizada  na  voz  de  Adele,  mas  outra  canção  de mesmo  nome  abrilhantada  pelas  vozes  de  Diane  Caroll  e  Van  Morrison,  se  intensifica simplesmente para nos tirar de vez o fôlego. Que o leitor perdoe minha arrogância em abrir este parágrafo com as duas últimas frases de “O diário de Bridget Jones” (2001), mas creio que o leitor do Salada de Cinema, como bom cinéfilo que é, já cruzou com esta comédia romântica definitiva vez ou outra. O beijo final de “O diário de Bridget Jones” é aquele tipo de beijo que nos faz amar e detestar (de leve)  o  cinema  porque  é  aquele  tipo  de  beijo  que  perseguimos  a  nossa  vida  toda. E  ele  é mais difícil de encontrar do que um Mark Darcy (Colin Firth) da vida…
Por Reinaldo Glioche

As Vantagens de Ser Invisível

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Existem momentos doces no Cinema, e não necessariamente são românticos pastelões. Em As Vantagens de Ser Invisível, presenciamos um desses momentos de ternura e beleza quando Charlie finalmente consegue estar a sós com seu objeto de desejo, a bela Sam. No quarto da menina, os dois se aproximam de maneira natural e ingênua. A maneira como a cena é construída é perfeita, tratando do tema de maneira aberta, porém com a timidez do próprio Charlie. E quando os dois se beijam – coisa que esperávamos desde o primeiro encontro – é como se a humanidade recuperasse a inocência.
Por Maira Giosa

Wall-E

walle

Quem disse que robôs não amam? Pois no universo da Pixar, eles não só tem sentimentos e gostam de musicais do início do século XX, como também se beijam, sim senhor! Em um futuro em que os seres de carne osso já desistiram da terra faz tempo, seu único habitante, o robozinho do olhar mais carismático do universo, é quem fica a cargo de preservar os últimos vestígios de humanidade existentes. E não só pelos objetos “made in china” que ele coleciona. Aos fãs do filme, não resta dúvida de que na verdade Wall-E é muito mais do que um personagem simpático vivendo em uma previsão de mundo ruim. É sim, uma das histórias de amor mais otimistas da última década. E como em todo filme romântico clássico do século passado, o beijo aqui nada mais é do que a realização de tudo isso. E quem ainda duvida que robôs se beijam, é só lembrar que foi o choquinho no final, entre Wall-E e Eve, que o trouxe de volta a si. Genial!
Por Juliana Penna