Desafio Oscar | “Gravidade” Dir. Alfonso Cuarón
Na entrega do prêmio máximo do sindicado dos diretores dos EUA, “Director’s Guild”, o diretor Alfonso Cuarón diz o seguinte: “o que não se pode ver daqui de cima é a bizarra experiência da natureza que é a experiência humana. Esse experimento é o que os diretores tentam entender com seus filmes”. Talvez com essa […]
Na entrega do prêmio máximo do sindicado dos diretores dos EUA, “Director’s Guild”, o diretor Alfonso Cuarón diz o seguinte: “o que não se pode ver daqui de cima é a bizarra experiência da natureza que é a experiência humana. Esse experimento é o que os diretores tentam entender com seus filmes”. Talvez com essa pequena fala, é possível de entender e compreender todo o mecanismo de efusão e de elucidação que o filme “Gravidade” proporciona para a existência humana. A história é muito simples: um astronauta veterano Matt Kowalski (George Clooney) está em uma missão de conserto ao telescópio Hubble junto com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Surpreendidos por uma chuva de meteoros ficam à deriva no espaço sideral sem qualquer contato ou apoio da NASA. Esse filme não é um filme de ficção científica, muito menos um filme de “terror” no espaço sideral e, claro, não se trata de uma “revisão moderna” do clássico “2001: Uma Odisseia No Espaço” (1968) de Stanley Kubrick. “Gravidade” é um filme intimista, regrado na personagem de Sandra Bullock e sua redenção final diante de perdas e danos irreparáveis de sua vida pessoal. O final do filme, quando ela se “levanta”, depois de tudo que passa, é uma verdadeira aula de redenção introspectiva. Um filme que tem tudo para não parecer sensível, mas transborda tristeza e acúmulo de peso em uma vida. Por isso a fala do diretor Alfonso Cuarón é tão sublime para se entender e pensar esse “experimento” chamado cinema. Magnífico!