Ricardo F. Santos | 23 de janeiro de 2014

Oscar 2014 – Os Injustiçados – #SaladanoOscar

Todo ano de Oscar traz de brinde uma série de decepções e acessos de raiva quando nos deparamos com os filmes que NÃO estão na lista de indicados. Confira abaixo algumas das omissões do Oscar 2014: Tom Hanks Sem dúvidas, o choque absoluto ao contemplar as indicações no dia 16 de Janeiro foi se deparar […]

Todo ano de Oscar traz de brinde uma série de decepções e acessos de raiva quando nos deparamos com os filmes que NÃO estão na lista de indicados. Confira abaixo algumas das omissões do Oscar 2014:

Tom Hanks
Sem dúvidas, o choque absoluto ao contemplar as indicações no dia 16 de Janeiro foi se deparar com a ausência de Tom Hanks. Não só o ator está fantástico no papel-título de Capitão Phillips (que também teve seu diretor, Paul Greengrass, esquecido), mas também teve seu nome em todos os prêmios pré-Oscar da temporada.

Robert Redford
Assim como Tom Hanks, o veterano ator era uma aposta certa por sua performance no ainda inédito Até o Fim, onde encarna um sobrevivente de naufrágio lutando em alto-mar contra ameaças climáticas e predatórias. Não vi ainda, mas parecia uma boa oportunidade para lembrar o ator – ainda sem uma estatueta na categoria.

Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum
Vencedor de alguns prêmios de círculos de críticos e o do Júri no Festival de Cannes, o elogiado novo filme dos irmãos Coen passou quase que batido pelo Oscar 2014 (indicado apenas em Fotografia e Mixagem de Som). Não assisti o filme ainda, mas sua ausência é sentida por diversos especialistas da área. Mas posso dizer que é um pecado “Please Mr. Kennedy” não estar indicada como Canção Original.

Walt nos Bastidores de Mary Poppins
Outro filme ainda inédito no país, mas cuja ausência nas categorias principais (sua única indicação foi para Thomas Newman, pela trilha sonora) impressiona, ja que o filme de John Lee Hancock também se mostrava um forte candidato – foi indicado ao PGA, BAFTA e diversos outros prêmios de críticos. A esnobada mais sentida, certamente foi a de Emma Thompson como atriz.

Rush: No Limite da Emoção
Um dos melhores filmes de 2013, mas já era de se esperar a ausência de Rush nas categorias principais. Absurdo é ver a produção de Ron Howard esnobada em algumas áreas técnicas, especialmente as de Montagem (setor que o filme desempenha maravilhosamente bem), Edição de Som e Mixagem de Som. Sente-se também a ausência de Daniel Brühl, intérprete de Niki Lauda que se destacou em prêmios como Globo de Ouro e SAG.

Círculo de Fogo
O novo filme de Guillermo Del Toro não é nenhuma obra-prima, mas contém um dos trabalhos de efeitos visuais mais impressionantes de 2013. Não só pela verossimilhança das criaturas e robôs que protagonizam as cenas de ação, mas também pela criatividade da equipe de arte em lhes proporcionar visuais dinâmicos.

O Lobo de Wall Street
Fico muito feliz com todas as indicações de O Lobo de Wall Street no Oscar, só faltou uma para que fosse felicidade total: a da montadora Thelma Schoonmaker. Colaboradora habitual do diretor Martin Scorsese, ela é responsável por manter as 3 horas do filme sempre empolgantes e com um ritmo impecável que jamais perde o espectador. Um trabalho que evoca clássicos do diretor como Os Bons Companheiros e Cassino.

Hans Zimmer
Certamente um dos mais inventivos e aclamados compositores da atualidade, Hans Zimmer não teve nenhum de seus ótimos trabalhos de 2013 lembrados aqui. Seja na dinâmica percussão de guitarra em Rush: No Limite da Emoção, na belíssima reinvenção musical do Superman em O Homem de Aço ou território dramático em 12 Anos de Escravidão, Zimmer acerta em cheio. Já está mais do que na hora de ele ganhar seu segundo Oscar.

O Hobbit: A Desolação de Smaug
A Desolação de Smaug é um filme cheio de problemas, e está bem representado na cerimônia com suas 3 indicações técnicas. Porém, duas categorias seriam essenciais: a de Design de Produção, setor que surge infinitamente melhor aqui do que no primeiro filme e a excelente canção-tema “I See Fire”, de Ed Sheeran.

Azul é a Cor Mais Quente
Caso polêmico e já explicado diversas vezes: o badalado Azul é a Cor Mais Quente ficou de fora do Oscar pois o Ministério da Cultura francês não inscreveu o filme no período exigido pela categoria Filme Estrangeiro. No entanto, a produção era elegível nas demais categorias, e é impossível não se chocar ao reparar que a excelente Adèle Exarchopoulos não foi nem ao menos indicada.