Ricardo F. Santos | 20 de setembro de 2013

Coletiva de Imprensa – Wagner Moura e Alice Braga falam sobre Elysium

“Sou muito otimista em relação ao futuro”, diz Wagner Moura quando perguntado por um jornalista acerca da visão distópica da sociedade apresentada na ficção científica Elysium, novo filme  de Neil Blomkamp que marca a estreia do ator em produções internacionais. A companheira de elenco Alice Braga segue a linha de raciocínio e concorda com as […]

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“Sou muito otimista em relação ao futuro”, diz Wagner Moura quando perguntado por um jornalista acerca da visão distópica da sociedade apresentada na ficção científica Elysium, novo filme  de Neil Blomkamp que marca a estreia do ator em produções internacionais. A companheira de elenco Alice Braga segue a linha de raciocínio e concorda com as declarações do astro.

A dupla compareceu a uma coletiva de imprensa no dia 09, no Shopping JK Iguatemi, logo após à primeira exibição de Elysium no Brasil. Moura e Braga, sob a mediação do jornalista Roberto Sadovski, foram abordados sobre o comentário social explícito no longa, os desafios de se trabalhar em uma produção de larga escala, domínio do inglês e alguns detalhes sobre suas respectivas carreiras.

No papel do trambiqueiro Spider, Moura declara que Blomkamp lhe deu a liberdade de elaborar uma história de fundo para seu personagem. Na cabeça do ator, o parceiro do protagonista Matt Damon era, de fato, um brasileiro que convenientemente conquistara uma posição de poder e “mandava em todo mundo”. Outra informação interessante é a da caracterização física do ator, que criou um andar “manco” para Spider; algo incompatível com a proposta futurista da trama (de acordo com o diretor e roteirista, a prótese metálica em sua perna estaria ali justamente para corrigir sua deficiência), mas que encontrou espaço na trama graças à ideias de Moura.

Já a companheira Alice Braga não teve a mesma liberdade, já que sua personagem possui uma história de fundo definida dentro da trama. Mas se a atriz perdia para Moura em termos de liberdade criativa, saía na frente no quesito linguagem: trata-se da primeira produção em língua inglesa encarada pelo astro de Tropa de Elite. “A língua inglesa tem uma gramática muito simples, mas às vezes a pronúncia é complicada e difícil pro ouvido se habituar” afirma Moura, que ainda revelou a imensa ajuda que teve de Braga. “O desafio é que, trabalhando em outro idioma, você não tem como perguntar ‘desculpa, você pode repetir?'”. Mesmo já muito familiarizada com produções norte-americanas, a atriz reconhece a dificuldade em dominar línguas estrangeiras.

A  coletiva foi curta, mas conseguiu abordar diferentes assuntos com descontração e objetividade. Observando a presença honrosa de Wagner Moura e Alice Braga em filmes hollywoodianos de larga escala (sem falar no vindouro Robocop, de José Padilha, previsto para o ano que vem), é de se concluir que – ao contrário da distopia vista em Elysium – o futuro parece otimista para os brasileiros.