Jaqueline Oliveira | 21 de junho de 2013

Especial Star Trek – A terceira chance de Zoe Saldana

Depois de tentar a sorte em Hollywood por anos, você consegue o papel da mocinha no filme de um grande diretor. A produção, que desde o anúncio era divulgada como revolucionária, estoura no mundo inteiro. Só de bilheteria são quase 3 milhões de dólares e o filme entra para a história como a maior arrecadação […]

Depois de tentar a sorte em Hollywood por anos, você consegue o papel da mocinha no filme de um grande diretor. A produção, que desde o anúncio era divulgada como revolucionária, estoura no mundo inteiro. Só de bilheteria são quase 3 milhões de dólares e o filme entra para a história como a maior arrecadação de todos os tempos! Uma visibilidade enorme, não? Só tem um problema: você não aparece no filme. Ou melhor: você aparece, mas não como você mesma e nem com seu rosto. É este o drama da atriz Zoe Saldana, a mocinha por trás da alienígena Neytiri em “Avatar”. Corpo, voz e emoções por trás do personagem, Zoe teve sua atuação registrada por captura de movimentos e, graças à animação gráfica, virou a criatura. Façanha que a transformou, ao mesmo tempo, na atriz mais e menos conhecida do mundo.

“Avatar”, no entanto, não foi o primeiro grande filme da atriz. Lançado sete meses antes do filme recordista, “Star Trek” foi a primeira grande oportunidade de Zoe. Apesar da aparição pequena e em um papel secundário, o filme garantiu uma visibilidade interessante para a atriz americana. Considerando que em “Avatar” seu rosto não aparece em uma cena sequer, dá pra afirmar que foi como a “namorada” de Spock que ela entrou no radar de muitas pessoas.

De lá pra cá, no entanto, nem tudo são flores. Assim como Chris Pine, seu companheiro de “Star Trek”, Zoe se envolveu em projetos pequenos que tiveram pouco retorno e cuja visibilidade artística é limitada. Em “Morte no Funeral”, por exemplo, seu personagem é tão secundário que por vezes nem é citado nas sinopses. Situação semelhante à de “Ladrões”, no qual o nome da atriz sequer consta no cartaz. E se em “Em busca de vingança” Zoe é a protagonista, o massacre de críticas negativas ao filme abafou completamente seu papel principal.

De volta aos holofotes agora com “Além da Escuridão – Star Trek”, aparentemente os próximos trabalhos de Zoe têm tudo para gerar repercussão. Para o bem ou para o mal. Em “Nina”, que deve ser lançado ainda neste ano, ela dá vida à cantora ícone do jazz Nina Simone. Apesar da polêmica de que seria branca demais para interpretar a artista negra, este pode ser o grande papel dramático de sua carreira e atrair prêmios e reconhecimento. É só olhar o que a cinebiografia de Edith Piaf trouxe para Marion Cottillard e a de Ray Charles trouxe para Jamie Foxx. Se não der certo, pelo menos ela já tem uma posição de coadjuvante reservada na adaptação de “Guardiões da Galáxia”, filme da Marvel que deve ter importância central em “Os Vingadores 2”.

É torcer para que a beleza da atriz não seja uma maldição em sua carreira. E também para que ela se decida se assina Zoe Saldana, Zoë Saldana, Zoe Saldaña ou Zoë Saldaña. Afinal, não dá pra se tornar uma estrela se o seu nome muda a cada trabalho.