Camila de Lira | 11 de março de 2013

Oz, Mágico e Poderoso | Crítica

Quando decidiu fazer um filme sobre o Mágico de Oz, a Disney esbarrou num problema enorme: a história é domínio público, mas muitos dos elementos que ficaram famosos no imaginário das pessoas (como os sapatinhos rubis, por exemplo) pertencem legalmente ao estúdio Warner Bros, que produziu o filme “O Mágico de Oz”, em 1939. O […]

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Quando decidiu fazer um filme sobre o Mágico de Oz, a Disney esbarrou num problema enorme: a história é domínio público, mas muitos dos elementos que ficaram famosos no imaginário das pessoas (como os sapatinhos rubis, por exemplo) pertencem legalmente ao estúdio Warner Bros, que produziu o filme “O Mágico de Oz”, em 1939.

O jeito foi usar o que eles podiam, como as referências a estrada de tijolos amarelos e uma cor de verde para a pele da bruxa diferente do tom utilizado pela Warner (uma malandragem que deu muito certo).

A história do mágico de araque que acaba indo parar em uma terra onde a magia é de verdade e precisa vencer as bruxas más fica palatável por dois motivos. Um, a fotografia, que é incrível. Ok, é tudo digitalizado, mas os cenários são de tirar o fôlego e a câmera subjetiva, apesar de “gameficar” o filme, entretém. Dois, o elenco.

Rachel Weisz é uma atriz de primeira linha em Hollywood, e teve de convencer o diretor Sam Raimi de que seria boa para o papel. Ainda bem que ele se convenceu. A britânica está lindíssima e “wicked” (perversa, malévola) como poucos conseguiram ser no cinema. Mila Kunis também convence na atuação. Michelle Williams é uma excelente atriz, mas acabou pegando a personagem mais rasa de todos os tempos: a bondosa Glinda que não é nada como sua equivalente na peça Wicked, da Broadway. Williams é bela e traduz a pureza e bondade da bruxa chata, quer dizer, boa.

James Franco é o grande astro do filme. Como Oz, ele perde a mão em alguns dos momentos supostamente mais dramáticos, mas encanta e prova que o papel do mágico e poderoso é dele e não de Johnny Depp. Depp foi considerado em conversas iniciais e não é difícil imaginá-lo em cena, já que o filme mistura elementos de “Alice no País das Maravilhas” e “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, mas Franco encanta com o seu largo sorriso de estelionatário.

O filme segue a linha das fantasias da Disney e é perfeito para família. Tem humor, momentos fofura e romance, sem perder um lado sombrio e gótico que a história permite (o que são aqueles babuínos alados senão gárgulas?). E ainda promete sequências.