| 25 de janeiro de 2013

Especial Django Livre – Os produtores que bancam as maluquices [geniais] de Tarantino

Que cineasta é esse que mistura Ennio Morricone com RAP e balada romântica? Que traz escrava que fala fluentemente alemão num filme de faroeste? Elementos tão distintos e, ao mesmo tempo, perfeitamente encaixados em Django Livre. O novo trabalho de Quentin Tarantino é mais uma história absurdamente genial que deu certo, aprovada pela crítica e pelo público. […]

Que cineasta é esse que mistura Ennio Morricone com RAP e balada romântica? Que traz escrava que fala fluentemente alemão num filme de faroeste? Elementos tão distintos e, ao mesmo tempo, perfeitamente encaixados em Django Livre. O novo trabalho de Quentin
Tarantino é mais uma história absurdamente genial que deu certo, aprovada pela crítica e pelo público.

Influenciado pelos western spaguettis e filmes B da década de 1960 e 1970, Tarantino desenvolve uma estética única, possivelmente identificável em cada um dos seus filmes: a violência escrachada, a epopeia pela vingança, a disputa do bem pelo mal. Aí muda-se os
cenários, os personagens e se tem uma nova história de Tarantino.

Mas quem banca essas ideias inicialmente malucas? Quem lê o roteiro e acha que vale arriscar investir num projeto – que como dissemos antes reúne características muito diversas? A resposta é simples: produtores de alto cacife que arriscam dinheiro, acreditando na marca “Quentim Tarantino”.

Por mais que possa parecer alternativo, Django Livre foi produzido e bancado pelos irmãos Weinstein, detentores de um dos estúdios mais lucrativos de Hollywood. Na ficha técnica estão cinco nomes: Reginald Hudlin, Pilar Savone, Stacey Sher e Harvey Weinstein, (percebeu o sobrenome do último produtor?). Eles, os produtores, sabem que o diretor leva consigo uma multidão de telespectadores ao cinema (em plena segunda-feira, a sala estava completamente lotada) e acreditam na mente excepcional e no domínio pleno da linguagem cinematográfica de Tarantino para lhe garantir o que for necessário, em termos de recursos financeiros. O orçamento do filme ficou em US$ 100 milhões. Até o último fim de semana, o filme já arrecadara US$ 139.334.848, ou seja, já está pago. No Brasil, o filme estreou em terceiro lugar nas bilheterias arrecadando pouco mais de R$ 2,5.

Quem acompanha mais de perto o trabalho de Quentin Tarantino se perguntará: mas e Lawrence Bender, o produtor de todos os outros grandes filmes do diretor? Teria sido o fim desta longa e rentável parceria? Em entrevista a The Playlist, Bender disse que Tarantino manifestou o desejo de trabalhar com outros produtores. “Ele decidiu que queria ver o que seria trabalhar com outras pessoas”, disse Bender. “Nós temos um ótimo relacionamento, nós trabalhamos juntos há muito tempo, mas ele só queria ver como era com outra pessoa. E eu disse que se ele precisar de alguma coisa, eu estou lá”.

Pelo visto, Tarantino se deu muito bem com as novas experiências. O filme é sensacional! Django Livre emociona, diverte e enche os olhos dos telespectadores com cenas que só Quentin Tarantino pode oferecer. Quem ainda não foi, fica registrada a recomendação.