Heitor Machado | 2 de dezembro de 2012

Especial Clássicos – Bonequinha de Luxo

Era como se todas as mulheres do mundo subitamente gritassem: queremos ser como ela! E os homens, obviamente, não se impuseram a essa tão digna reclamação. Afinal, a adorável, sedutora, aparentemente ingênua e divertida Holly Golightly, personagem da não menos bela e apaixonante Audrey Hepburn, se transformou no arquétipo da mulher moderna. A personagem consegue […]

Era como se todas as mulheres do mundo subitamente gritassem: queremos ser como ela! E os homens, obviamente, não se impuseram a essa tão digna reclamação. Afinal, a adorável, sedutora, aparentemente ingênua e divertida Holly Golightly, personagem da não menos bela e apaixonante Audrey Hepburn, se transformou no arquétipo da mulher moderna. A personagem consegue levar as situações mais absurdas graciosamente, com tranquilidade.

O filme em questão: Bonequinha de Luxo. Desnecessário ressaltar sua importância para o cinema ou sua relevância no que chamamos de “filmes clássicos”. Esse, indubitavelmente, é um deles. Dirigido por Blake Edwards e baseado em um livro de Truman Capote, o longa foi lançado em 1961 e, também desnecessário dizer, foi um sucesso estrondoso.

Meio comédia, meio romance, meio drama, o roteiro leva o espectador a acompanhar a história de Holly pelos altos e baixos que ela impõe a quem estiver a seu lado. No caso, um vizinho que se deixa envolver por seus encantos e pela necessidade de proteger uma moça tão frágil, delicada e indefesa como ela.

A garota se mete com um mafioso que está na prisão pelo simples prazer de conversar com alguém, e nem se abala quando ele comete crimes; faz festas em sua casa sem conhecer metade dos convidados; passeia pelas ruas mais chiques de Nova York sem ter um centavo no bolso e gasta maior parte de seu tempo olhando a vitrine da joalheria Tiffany’s, que para Holly é o lugar onde “nenhum mal pode acontecer”  (ah se ela vivesse no mundo moderno com tantos assaltos a joalherias…!).

Sua vida muda com a constante companhia do vizinho Paul, que faz com que Holly deixe de olhar para as coisas supérfluas da vida e preste atenção ao que está em seu alcance. É uma paródia bonita sobre uma tocante história de amor.