Raphael Camacho | 15 de junho de 2012

cine nerd: Indiana Jones e a Última Cruzada

Olá Nerds! Cinco anos após Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), vemos novamente Indiana Jones metido em uma aventura envolvendo um objeto mítico. Em Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), acompanhamos os maior arqueólogo do cinema (desculpa ai Lara Croft, nós te amamos mesmo assim!) em busca do Santo Graal, a taça […]

Indiana-Jones

Olá Nerds!

Cinco anos após Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), vemos novamente Indiana Jones metido em uma aventura envolvendo um objeto mítico. Em Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), acompanhamos os maior arqueólogo do cinema (desculpa ai Lara Croft, nós te amamos mesmo assim!) em busca do Santo Graal, a taça na qual Jesus teria tomado vinho na Última Ceia.

Da trilogia original este é o filme favorito de Steven Spielberg, e a diversão do diretor já começou na escolha do elenco, que se provou de primeiro escalão. A começar pelo jovem Indiana Jones, interpretado pelo promissor River Phoenix, escolhido a dedo por Harrison Ford. O jovem ator chegou a comentar que não baseou sua interpretação em Indy, mas nos maneirismos do próprio Ford. Denholm Elliot (Marcus Brody) e John Rhys-Davies (Sallah) retornam para este filme, Spielberg queria um tom mais leve para este filme, ao contrário do anterior bem obscuro.

Sean Connery foi a primeira escolha do diretor para o papel do pai de Indy, mesmo com a diferença de apenas 12 anos entre os atores. Mesmo com atores reservados para o papel caso não desse certo, Spielberg sempre quis fazer um filme de James Bond e até o usou como inspiração para Indy (uma curiosidade aqui é que a arma usada para atirar no Dr. Jones é uma Walther PPK, o mesmo modelo dos primeiros filmes do 007). Abner Ravenwood, o mentor de Indy e pai de Marion (de Caçadores), faz uma pequena aparição creditada como “Fedora”: o homem de chapeu que encontra o jovem Indy após ele sair da casa do pai.

As já clássicas cenas com animais desta vez envolveram ratos, centenas deles. Além de cerca de mil ratos reais, ratos mecânicos foram usados para “animar” um pouco mais as coisas. Ben Burtt, o genial engenheiro de som da Saga Indiana Jones, usou o barulho de centenas de galinhas manipulados. Outra cena divertida é quando Dr. Jones (Connery) espanta um bando de gaivotas para atrapalhar nazistas em aviões. Como gaivotas não podem ser treinadas, se repararem bem vêem que as aves são pombas treinadas, com algumas gaivotas falsas colocadas na areia da praia.

Como nos outros filmes da franquia, sempre algo inusitado acontece com os atores em momento inesperados das gravações. Sean Connery e Harrison Ford, por exemplo, gravaram toda a cena do tiroteio dentro do Zeppelin sem calças, por causa do calor excessivo dentro do cenário, e o figurino de Connery ser bem pesado e de lã.

Aliás, o figurino de Connery foi o truque necessário para a caracterização do personagem para envelhecê-lo. Material do filme sugerido na epóca do filme o personagem Henry Jones Sr. tinha 75 anos (sendo que Connery tinha 58 à época da gravação), era escocês e mudou-se para a América para ser professor universitário. Uma piada dentro do filme com Harrison Ford imitando um homem escocês faz referência a esse background.

As fantásticas locações presentes no filme são também um capítulo a parte. Em Veneza, a produção conseguiu autorização para filmar a perseguição no Grande Canal durante todo um dia. Já a Biblioteca dentro da igreja foi filmada em outra parte, sendo usada apenas a grande porta de entrada da catedral. Em 1938, ano que se passa o filme, existia uma cidade real chamada Alexandretta, local no filme onde se encontra o Santo Graal, porém o templo mostrado no filme é real, mas se encontra na cidade sagrada de Petra na Jordânia.

Efeitos especiais foram usados com parcimônia também neste filme, assim como o resto da trilogia clássica, mas com certeza a cena mais impactante em que eles se destacam que o final desastroso do vilão ganancioso Donovan, que toma o líquido do cálice errado e envelhece rapidamente até a morte. A filmagem dessa única cena demorou uma semana para ser feita, sendo que foram encaneadas diversas mudanças de maquiagem com o envelhecimento e todas morfadas em uma cena de sucessã rápida, criando o efeito assustador.

Como uma piada para encerrar a trama, finalmente descobrimos que o verdadeiro nome de Indy é Henry Jones, como seu pai, e por isso é chamado de Jr. durante todo o filme. Indiana seria o nome do cachorro da família. Na vida real, o nome Indiana também veio de um cachorro: o Malamute-do-Alasca de George Lucas.

Curiosidade final: Se vocês escutarem cuidadosamente ao piano tocando quando a mulher de Donovan entra na festa, podem escutar que é a Marcha Imperial no Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980), composta por John Williams que também fez os temas da trilogia clássica.

Até semana que vem com mais Cinema Nerd!