Igor Lino | 27 de março de 2012

Pina | Crítica

“Dancem, dancem…senão estaremos perdidos”, disse Pina Bausch, possivelmente a maior dançarina do século XX. Wim Wenders decidiu registrar a dança da companhia, que mesmo depois da morte de Pina parece manter sua essência viva. O sensível documentário, indicado ao Oscar 2012, mostra apresentações importantes da companhia misturadas a vídeos antigos da dançarina que dá nome […]

Pina

“Dancem, dancem…senão estaremos perdidos”, disse Pina Bausch, possivelmente a maior dançarina do século XX. Wim Wenders decidiu registrar a dança da companhia, que mesmo depois da morte de Pina parece manter sua essência viva.

O sensível documentário, indicado ao Oscar 2012, mostra apresentações importantes da companhia misturadas a vídeos antigos da dançarina que dá nome ao filme e depoimentos dos bailarinos. Esses depoimentos são muito interessantes, pois Wenders optou por fazê-los em off. A imagem é apenas do rosto, com toda a expressão corporal que cabe a um dançarino, e as vozes ao fundo narrando como Pina despertou a arte da dança em cada um deles.

Considerado o primeiro filme-arte em 3D, é essencial que se assista no cinema. Ele é todo pensado para dar a sensação de que está sendo visto em um teatro de verdade, e o 3D muito bem utilizado reforça a sensação. Os ângulos novos que Wim Wenders mostra das danças dão uma sensação nova e saborosa ao espectador que “assiste” à dança até subjetivamente, como um dançarino.

A mistura de danças provocantes, uma trilha sonora espetacular e cenários muito bem colocados faz de Pina um documento importante que precisa ser visto. Senão estamos perdidos.

Título original: Pina

Direção: Wim Wenders

Roteiro: Wim Wenders

Duração: 103 minutos

Elenco: Pina Bausch, Ruth Amarante, Andrey Berezin