| 7 de fevereiro de 2012

Toda Forma de Amor | Crítica

Uma produção de 2010 com um toque de leveza na forma de conduzir o tema principal: o relacionamento entre duas pessoas. Toda Forma de Amor, dirigido e roteirizado por Mike Mills é moroso, quase cansativo, mas no final entrega um bom trabalho aos telespectadores. Oliver Fields (Ewan Mc Gregor) é um trintão solitário que após […]

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Uma produção de 2010 com um toque de leveza na forma de conduzir o tema principal: o relacionamento entre duas pessoas. Toda Forma de Amor, dirigido e roteirizado por Mike Mills é moroso, quase cansativo, mas no final entrega um bom trabalho aos telespectadores.

Oliver Fields (Ewan Mc Gregor) é um trintão solitário que após perder sua mãe (Mary Page Keller) com câncer, assiste seu pai (Christopher Plummer) assumir-se gay, então com 75 anos de idade. Hal Fields, pai de Oliver, vive apenas mais quatro anos, mas parece ser os melhores anos da sua vida. Com um namorado bem mais novo que ele, Hal enfim se sente livre para ser quem sempre realmente quis ser. Oliver vê toda a mudança do pai com certo estranhamento, mas não impede-o de ser feliz.

Toda Forma de Amor começa após a morte do pai de Oliver. A história é atemporal e as lembranças do personagem principal vem e vão como uma forma de entendimento para justificar sua dificuldade em amar a belíssima Anna (Mélanie Laurent) que ele conhece numa festa logo após a morte do pai.

O relacionamento de fachada entre sua mãe e seu pai na década de 1950 parece ser um entrave no inconsciente de Oliver para permitir-se amar, mas no desenrolar do filme, o diretor utiliza das próprias reflexões do personagem principal para argumentar ideias plausíveis, mostrando a evolução das coisas e da sociedade para convencer o telespectador que amar é possível sim – e vale toda forma de amor. A proximidade entre o cão Cosmo, que era do pai e que passou a Oliver depois da morte, é mais um argumento do diretor para mostrar que o amor pode acontecer nas suas mais variadas vertentes.

Christopher Plummer é mesmo o melhor do filme. O ator está irretocável no papel de gay na velhice. Simples, sem excessos, sua atuação é mesmo digna de Oscar. Deve levar agora como ator coadjuvante. Ewan McGregor e Mélanie Laurent por sua vez já nos apresentaram desempenhos melhores. Toda Forma de Amor demora para mostrar seu valor, mas é quando o filme acaba que a totalidade de sua mensagem é passada aos telespectadores. Discreto, mas um belo filme.

Beginners – (EUA, 2010)

Direção: Mike Mills

Roteiro: Mike Mills

Elenco: Ewan McGregor, Christopher Plummer, Mélanie Laurent

Site official: http://focusfeatures.com/beginners