Reinaldo Glioche | 31 de maio de 2011

O Poder E A Lei

“O Poder e a Lei” é o tipo de filme que assusta pelo título. Com uma adaptação terrível do título original, “The Lincoln Lawyer”, ele acaba te surpreendendo. Mick Heller (Matthew McConaughey) é um advogado que faz do seu carro, um Lincoln, seu escritório, enquanto roda pela cidade de Los Angeles com o seu motorista […]

“O Poder e a Lei” é o tipo de filme que assusta pelo título. Com uma adaptação terrível do título original, “The Lincoln Lawyer”, ele acaba te surpreendendo.

Mick Heller (Matthew McConaughey) é um advogado que faz do seu carro, um Lincoln, seu escritório, enquanto roda pela cidade de Los Angeles com o seu motorista Earl. Mick não é um advogado com uma reputação boa: conhecido por livrar da cadeia pessoas que realmente cometeram crimes, ele nunca viu problemas nisso. Essa é sua especialidade: quando ele aceita um caso, ele já sabe que seu cliente é culpado, mas vai até o final para pelo menos conseguir um acordo – e costuma ter sucesso. Sua vida pessoal é um tanto enrolada: tem uma filha com a promotora Maggie (Marisa Tomei), o que complica ainda mais a relação, já que dividem no tribunal papéis inversos: enquanto ela acusa, ele defende.

Graças à essa fama é que Mick aceita defender Louis Roulet (Ryan Phillippe), um homem de 32 anos, de uma família influente, os Windsor. Sua mãe, Mary Windsor (Frances Fisher), é a típica matriarca protetora, que vê o filho como uma eterna criança. A partir desse ponto que que a trama se desenrola. Com a ajuda do seu investigador, Frank (William H. Macy), Mick acredita na inocência de seu cliente, até que situações suspeitas colocam em dúvida tal inocência.

“O Poder e a Lei” tem um caso interessante, ainda que acabe de forma previsível, por ainda se encaixar na velha forma de “filme de tribunal”. É também o tipo de filme que vale o DVD na locadora num domingo chuvoso, mas não o bilhete do cinema. E quando falo que surpreende é porque ele simplesmente parece ser um filme ruim, mas que acaba se saindo acima da média. Portanto, já sabe: veja em casa, de forma tranquila, que você irá aproveitar muito mais o que ele tem a te oferecer: um entretenimento simples, porém bem feito. Não poderia deixar de mencionar também o bom trabalho dos atores e do diretor, Brad Furman, já que este é seu segundo longa. De qualquer forma, o filme não surpreende, em relações técnicas: é apenas o básico do cinema sendo bem aplicado.

Por Heitor Machado