| 14 de fevereiro de 2011

Por que ‘O Discurso do Rei’ vai ganhar o oscar

Antes de começar este post, a afirmação acima no título não tem nenhuma comprovação de uma fonte secreta direta de Hollywood… não, não, apenas é uma opinião deste que vos escreve. Existe vários  fatores que ajudam a reforçar a minha tese, vamos a eles? A academia adora filmes de superação. O personagem atinge seus objetivos […]

Antes de começar este post, a afirmação acima no título não tem nenhuma comprovação de uma fonte secreta direta de Hollywood… não, não, apenas é uma opinião deste que vos escreve. Existe vários  fatores que ajudam a reforçar a minha tese, vamos a eles?

  • A academia adora filmes de superação. O personagem atinge seus objetivos com muitos esforços e alcança de certa forma um final feliz (último caso parecido “Quem Quer Ser Um Milionário?”)
  • O chavão “baseado em fatos reais” ajuda e muito para ganhar apatia do público e da crítica que volta a discutir o momento real trazido no filme (“Paciente Inglês” e “A Lista de Schindler” foram alguns exemplos);
  • Figuras históricas encarnam nos atores. Colin Firth não só transmitiu fidelidade na imagem física como os trejeitos e a gagueira do rei George VI (Melhor ator com certeza vai para ele, assim como foi em “Edith Piaf” com Marion Cotillard –  e vem aí Merryl Streep encarnando Margaret Tatcher, aguardem!);
  • Personagens coadjuvantes marcantes que ajudarem a dar força na história do principal (O personagem de Morgan Freeman foi ou não foi essencial na vida de Maggie vivida por Hilary Swank em “Menina de Ouro”? Os dois levaram a estatueta. Dificilmente isto também não ocorra com Colin Firth e Geoffrey Rush);
  • História sobre a realeza. Quem não gosta de rever o luxo, os vestuários e toda a etiqueta (principalmente na mesa de jantar) da corte? Eu adoro (Exemplos de filme assim que levaram ou foram indicados “Amadeus”, “Shakespeare Apaixonado”, “Ligações Perigosas”, “Elisabeth”).

São apenas suposições, mas que a história se repete no Oscar, isso você não tenha dúvidas. Lembre-se: inovação não é com a academia. Cannes, Veneza, Berlim até permitem filmes mais autorais, de arte, não no Oscar. “O Discurso do Rei” é um bom filme, perfeito no sentido de apresentar uma história,  desenvolver os problemas, criar um clima e entregar um final com os problemas solucionados. Mas para uma temporada repleta de filmes interessantes como “A Origem”, “A Ilha do Medo”, “127 Horas”, “O Escritor Fantasma”, “Toy Story 3” e “Cisne Negro” e logo “O Discurso do Rei” para vencer o oscar? Como disse um amigo: “O que Marketing não faz, não é?”

Por Fernando Império, editor chefe