André Sobreiro | 18 de novembro de 2010

Especial Harry Potter – Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

Como já é de se esperar, e não menos importante por isso, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” começa com a musiquinha já mais do que conhecida pelos fãs. Nesta hora o seu coração, com certeza, estará a mil esperando para ver as primeiras aventuras que darão final à história que […]

Como já é de se esperar, e não menos importante por isso, “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1” começa com a musiquinha já mais do que conhecida pelos fãs. Nesta hora o seu coração, com certeza, estará a mil esperando para ver as primeiras aventuras que darão final à história que lhe acompanhou nos cinemas por, nem tão longos, nove anos.

O começo do filme, com as cenas de Hermione lançando o feitiço Obliviate (de apagar a memória) em seus pais, Harry identificando o olhar de Dumbledore no espelhinho que Sirius lhe dera, e Rony olhando o horizonte em frente à Toca são um tanto quanto dramáticas demais. Mas, talvez, realmente não houvesse outra forma tão clara de tentar mostrar para os espectadores “trouxas” a angustia que o mundo mágico vivia naquele momento.

No sétimo capítulo cinematográfico da obra escrita por J.K.Rowling, Harry, Rony e Hermione vão ter que ir atrás das Horcruxes que guardam pedacinhos da alma de Voldemort, e foram muito bem escondidas pelo próprio ‘que não deve ser nomeado’. Mais sozinhos do que nunca, os três amigos vão experimentar todas as emoções do mundo. E o medo se torna uma das mais presentes.

Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint são, mais uma vez, as grandes estrelas do filme. Principalmente por estarem em foco no longa-metragem inteiro. As atuações dos três não sofrem grandes alterações, e são, na verdade, o que realmente era esperado dos atores. O destaque fica por conta das divertida trapalhices do Ron e de sua insistência, nunca vista antes, em elogiar Hermione e lhe fazer todos os agrados possíveis.

“Harry Potter e as relíquias da Morte” destaca-se realmente pela falha dos outros filmes. Quem leu a obra completa do bruxinho saberá perfeitamente que este é, sem vírgula de dúvida, o mais bem adaptado de todos os seis longas anteriores. Embora tenhamos que esperar ainda mais tempo para ver o final da saga, a divisão da última grande aventura de Harry Potter em duas partes fez um bem inexplicável aos escritos de J.K.Rowling. A adaptação fez, provavelmente, o melhor de todos os episódios filmados da seqüência.

Mas, logo de cara também é fácil perceber que um dos que seriam os mais divertidos personagens de todo o filme não ficará presente por muito tempo. A rabugentice de Olho-tonto-Moody, brilhantemente representado por Brendan Gleeson, é o toque todo especial que dá início à uma das cenas mais hilárias de Harry Potter. Ver seis Harrys se formando bem em frente ao Harry verdadeiro, depois de tomarem a mágica poção polissuco será ainda mais inesquecível quando você se der conta de quão pesados serão os momentos vividos no filme.

Prepare-se para odiar ainda mais Belatriz Lestrange (ou para amar ainda mais a atuação de Helena Bonhan Carter), para torcer ainda mais para a inteligência de Hermione continuar funcionando, para se apavorar ainda mais com os olhinhos ofídicos de Voldemort e Nagini, e para, com lágrimas nos olhos, emocionar-se com Dobby. E você também terá a impressão de terem colocado um bicheiro brasileiro no lugar de Mundungo Fletcher; o que não deixa de ser bastante divertido.

A ânsia por assistir ao último filme ficará ainda maior, mas ela será compensada por um excelente trabalho feito pelo diretor David Yates, pelo roteirista Steve Kloves e por toda a produção dessa grande criação que é a sétima parte da grande história da última década.

Por Paula Lopes, do Língua da P.