| 30 de julho de 2010

Ponyo – Uma Amizade Que Veio Do Mar

A animação japonesa de 2008, Ponyo, enfim chegou às telonas brasileiras. O aguardado novo trabalho do ótimo Hayao Miyazaki não chega a decepcionar, mas é mais fraco do que A Viagem de Chichiro, filme que rendeu ao cineasta, o Oscar de melhor animação em 2003. No filme, vemos uma bonita história sobre amizade entre o […]

A animação japonesa de 2008, Ponyo, enfim chegou às telonas brasileiras. O aguardado novo trabalho do ótimo Hayao Miyazaki não chega a decepcionar, mas é mais fraco do que A Viagem de Chichiro, filme que rendeu ao cineasta, o Oscar de melhor animação em 2003.

No filme, vemos uma bonita história sobre amizade entre o menino Sosuki e Ponyo, um peixe que decide fugir da proteção de seu pai, o Fujimoto. Fujimoto é um homem que detém poderes mágicos que decidiu abandonar a vida terrestre para viver no fundo do mar. Fujimoto estava desencantado com a humanidade e com a relação desta com o meio ambiente.

Ponyo consegue escapar de uma espécie de cápsula que a prendia e vai parar próxima a encosta do mar, onde Sosuki brincava. Um machucado do menino começa a sangrar e Ponyo lambe o sangue de Sosuki. Aos poucos, o que era peixe vai se transformando em uma menina.

A partir daí, sobram fantasia e imaginação quase psicodélica do diretor Miyazaki. O que chama atenção de Ponyo não é o roteiro (que chega a ser infantil demais em certos momentos), mas sim nas muitas cenas de cinema-mudo (pensa isso em uma animação… ousado!) e na arte do desenho, quase artesanal se compararmos às megas produções da Pixar-Disney e DreamWorks que usam e abusam da computação gráfica. Tudo muito colorido e fantástico, de modo que o filme deve agradar principalmente as crianças.

Por Fernando Império, editor chefe