| 13 de julho de 2010

Os inesquecíveis clássicos da Disney

Será que Walt Disney chegara a desconfiar do grande sucesso de sua empresa cinematográfica antes de lançar seu primeiro longa-metragem, Branca de Neve e os Sete Anões, em 1937? Se sim ou se não, o fato é que o filme tornou-se um dos maiores clássicos da animação mundial, e não só por ser encantador, como […]

Será que Walt Disney chegara a desconfiar do grande sucesso de sua empresa cinematográfica antes de lançar seu primeiro longa-metragem, Branca de Neve e os Sete Anões, em 1937? Se sim ou se não, o fato é que o filme tornou-se um dos maiores clássicos da animação mundial, e não só por ser encantador, como é de se esperar de todos os filmes da atual Walt Disney Studios. A história da menina que se perdera na floresta e encontrara uma casinha com sete pequenos homens contou com uma inovação crucial para a produção de animações. No longa musical, a trilha sonora – parte excepcional do conjunto da obra – foi gravada anteriormente à criação dos desenhos, técnica utilizada durante muitos anos pelos produtores do cinema animado.

O primeiro clássico da Disney foi também a primeira animação sonorizada, o que rendeu merecidamente ao filme o Oscar de Melhor Trilha Sonora em 1938. A quantia de US$1,5 milhão usada para a produção, enormemente grande para os padrões da época, foi recompensada, e Walt Disney alcançou o sucesso que precisava para dar continuidade à sua produção cinematográfica e, ainda mais, à produção dos clássicos mais adorados do planeta. Seguindo A Branca de Neve e os Sete Anões vieram, em 1940, Pinóquio e Fantasia, não tão bem sucedidos e lucrativos quanto o primeiro. Fantasia, aliás, não fez sucesso algum no ano de lançamento, sendo realmente apreciado pelo público somente na década de 1960. O filme foi completamente inovador ao juntar a música clássica de famosos compositores ao desenho animado. Não há quem não lembre ou quem não tenha visto ao menos uma vez a famosa versão de Mickey “aprendiz de feiticeiro”, com o longo manto vermelho e o chapéu azul estrelado na cabeça, retirada de um dos oito segmentos animados componentes da película.

Entre 1940 e 1950 são lançados Dumbo, Bambi, Alô Amigos, Você já foi à Bahia? – os dois últimos com o querido personagem brasileiro Zé Carioca – e Música Maestro. Mas é no ano exato de 1950 que Walt Disney Studios lança outro grande clássico: Cinderela. O longa-metragem da menina com seu sapato de cristal foi o filme mais rentável do ano dentre todos os outros lançados, e foi também o mais rentável para a Disney durante alguns bons anos. Além disso, foi indicado ao Urso de Ouro e ganhou o Prêmio Especial do Festival de Veneza. Em 1951, o cinema mundial recebeu Alice No País Das Maravilhas, a versão cinematográfica mais famosa da obra de Lewis Carroll, que só ganhou uma concorrente de peso agora, em 2010, com a Alice de Tim Burton, também da Disney.

Até 1964 ganham vida Peter Pan, A Dama e o Vagabundo, Bela Adormecida, 101 Dálmatas e A Espada Era A Lei, até que, neste mesmo ano, Julie Andrews dá vida a Mary Poppins, um dos mais aclamados musicais da história. A história da babá mágica que cuida dos filhos da família Banks rendeu 12 indicações ao Oscar, tendo sido premiado em 5 delas: Melhor Atriz Principal, Efeitos Especiais (a personagem Mary Poppins sobrevoava a cidade com seu guarda-chuva, encantando todas as platéias que a assistiam), Edição, Canção Original e Trilha Sonora. Um ano após este lançamento, Walt Disney vem a falecer com câncer de pulmão, sem, no entanto, deixar órfã sua Companhia, que ainda produziria muitos clássicos.

Dentre os muitos filmes lançados após a morte do criador do maior estúdio de animações de todos os tempos, são de grandíssimo destaque quatro deles: A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Rei Leão e Toy Story. O primeiro deles, lançado em 1989, foi importante por ter dado vida nova aos Estúdios Disney. Depois de 24 anos sem produzir grandes sucessos, A Pequena Sereia arrecadou quase 200 milhões de dólares ao redor do mundo e venceu nas categorias Trilha sonora e Melhor Canção Original no Oscar e no Globo de Ouro de 1990. É impossível não gostar de Ariel, Linguado e Sebastião, que, de tanto sucesso, viraram uma série em 1992, reproduzida no Brasil durante muito tempo pela TV Globo.

Em 1991 uma super novidade deu o ar das graças, e a primeira animação foi indicada ao Oscar de Melhor Filme em toda a história do cinema. Foi A Bela e a Fera que embora não tenha levado este Oscar arrebatou o Globo de Ouro nesta mesma categoria. O filme é uma inesquecível lição de amor e amizade, e tem os traços muito parecidos com os dos desenhos de Ariel, o que acabou se tornando um padrão nas figuras 2D da Disney a partir de então. Três anos mais tarde, Rei Leão surgiu nas telinhas e conseguiu o título de animação em 2D mais rentável entre todas as outras, até hoje. Como grande destaque do filme surge os personagens secundários Timão e Pumba, que esbanjaram humor nas telinhas e jamais serão esquecidos se depender do sucesso de Hakuna Matata. Houve ainda a primeira morte de algum personagem da produtora assistida pela platéia – a morte do Rei Mufasa.

O primeiro longa em 3D da Disney, Toy Story surgiu em parceria com a Pixar, produtora de Wood e Buzz Lightyear. O ano de 1995 foi marcado por uma revolução na história das animações. O filme é de um grande diferencial não só pela tecnologia envolvida em sua produção, mas também por ter um Roteiro Original dos mais criativos e diferentes já lançados pela Walt Disney Pictures. A parceria entre as duas produtoras deu início a uma nova era na criação de animações, que está sendo cada vez mais presenciada por todos os amantes do cinema e dos clássicos animados. Mas esta é uma outra história…

Por Paula Lopes, do Língua do P.

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