André Sobreiro | 10 de dezembro de 2009

Lua Nova

Antes de começar esse texto, vale um porém: a minha parcialidade está completamente ativa nesse instante. Apesar das críticas à originalidade da história de amor entre Bella e Edward, ainda acho ela muito bem baseada em amores clássicos. Esse, aliás, é um dos maiores erros na comparação entre Harry Potter (que li todos os livros […]

Antes de começar esse texto, vale um porém: a minha parcialidade está completamente ativa nesse instante. Apesar das críticas à originalidade da história de amor entre Bella e Edward, ainda acho ela muito bem baseada em amores clássicos. Esse, aliás, é um dos maiores erros na comparação entre Harry Potter (que li todos os livros e vi todos os filmes) e a saga Crepúsculo. Um é uma jornada heróica. O outro uma história de amor.

Dito isso, começo a contar que sim, gostei de Lua Nova. O filme continua a vida da mortal Bella Swan e do vampiro Edward Cullen. Entretanto, Edward continua acreditando que é um risco para a vida da menina – e ele não está totalmente errado nessa crença – e decide se afastar dela. O vácuo do sofrimento causado abre caminho para o amigo Jacob Black – o ator Taylor Lautner, que ganhou o centro das atenções nos últimos meses – se aproximar, demonstrar seu amor pela menina. O que nem ele nem ela esperavam é que Jacob, na verdade, também tem uma diferença dos humanos: ele é descendente de uma linhagem de vampiros.

E é esse triangulo amoroso que desenvolve o filme todo. Jacob, o lobo, ama Bella que percebe que, viver perigosamente a faz ver seu amado Edward, o vampiro. Um triângulo amoroso com um trio de atores que tem arrancado gritos por onde passa: Taylor, Kristen Stewart e Robert Pattinson. E aqui fica o grande trunfo do filme: o trio.

Apesar de todo um elenco de apoio – os Volturi e seus vampiros, a família Cullen, os humanos e os lobos – é em torno do trio que a obra se desenvolve. Ao contrário de Crepúsculo, que apresentou muitos personagens ao grande público, Lua Nova parte do pressuposto que são todos já conhecidos e centra no trio.

Falhas há várias, claro. Os efeitos ainda não são os melhores que o cinema já viu – apesar de as cenas na Itália serem impecáveis – a maquiagem branca dos vampiros ainda é um pouco exagerada e, bem, eles brilham. E aqui não há críticas pelo fato de outros vampiros “mais tradicionais” não brilharem, simplesmente à estranheza que o brilho causa por si só.

Mesmo assim, Lua Nova cumpre bem seu papel de ser a primeira grande crise na quadrilogia que olhada como um todo, conta a consolidação de um amor eterno. E como tal, cumpre bem seu papel.