André Sobreiro | 2 de agosto de 2009

Inimigos Públicos

Por André Sobreiro O ator Jonnhy Depp é, definitivamente, o mais versátil ator hollywoodiano da atualidade. Reconhecido por suas personagens freak na obra de Tim Burton – vide seu chapeleiro maluco em Alice, que estréia em 2010 – Depp agrada não apenas os nerds mas também um sem número de adolescentes com seu Jack Sparrow, […]

Por André Sobreiro
O ator Jonnhy Depp é, definitivamente, o mais versátil ator hollywoodiano da atualidade. Reconhecido por suas personagens freak na obra de Tim Burton – vide seu chapeleiro maluco em Alice, que estréia em 2010 – Depp agrada não apenas os nerds mas também um sem número de adolescentes com seu Jack Sparrow, da trilogia (ou podemos dizer quadrilogia já?) Piratas do Caribe. Agora, uma nova fronteira caba de ser rompida com a estréia de Inimigos Públicos de Michael Mann.
Assisti o filme e, se fosse preciso definir em uma única palavra, com certeza seria macho. Inimigos Públicos é isso: um filme macho, viril, masculino, sem ser ogro – não estamos falando aqui de um Van Damme da vida.
Estamos em Chicago e gangsters são uma realidade. Hoover (Billy Crudup) começa sua caçada ao crime em busca de John Dillinger, o gangster charmoso vivido por Depp. Para isso conta com seu Melvin Purvis, vivido pelo eterno-voz-de-Batman, Christian Bale. Completa o elenco a sempre bela e talentosa (sim, sou fã dela mesmo) Marion Cottilard, no papel de Billie Frechette, amor de Dillinger.
Com uma reconstituição épica primorosa o filme se destaca pelas cenas de ação. Esqueça o bang bang de faroeste. A agilidade que o diretor impõe às cenas – e a falta de percepção da origem dos tiros – envolve o público na obra. Mann, aliás, claramente escolheu Depp pelo seu carisma, além do óbvio talento. Não é difícil se envolver e torcer pelo bandido em detrimento dos policiais.
A direção firme e precisa de Mann, associada a uma direção de arte impecável e um elenco acima da média, fazem de Inimigos Públicos um resgate bem digno dos gangsters. Ah, destaque especial para a possibilidade de assistir, com qualidade, o grande Clark Gable na tela.