André Sobreiro | 26 de maio de 2009

Star Trek

Ele tem cara de nerd, jeito de nerd e o toque de Midas que transforma tudo em ouro. Trata-se de J.J. Abrams. Apesar de uma carreira já longa, seu nome ficou conhecido após o estrondoso fenômeno na TV e na Internet que é Lost. A série, em sua quinta temporada, reuniu um elenco desconhecido em […]

Ele tem cara de nerd, jeito de nerd e o toque de Midas que transforma tudo em ouro. Trata-se de J.J. Abrams. Apesar de uma carreira já longa, seu nome ficou conhecido após o estrondoso fenômeno na TV e na Internet que é Lost. A série, em sua quinta temporada, reuniu um elenco desconhecido em uma ilha e uma história com idas e vindas que faz pouco ou nenhum sentido. E ainda assim é um dos melhores produtos de todos os tempos.
Seu mais recente toque mágico pegou a franquia Star Trek, que só não estava totalmente adormecida porque ainda produzia alguns fracassos como Star Trek: Nemesis de 2002 (sim, saiu um filme faz pouco tempo).
As aventuras de Kirk e Spock, que foram consideradas clássicas viviam um completo obscurantismo até abram colocar os olhos nela. O resultado é uma obra com novo fôlego, ação revigorada e uma dupla de astros alçada ao posto de queridinhos de todos os nerds.
Para contar sua história, Abrams abandona qualquer linha até então seguida e começa do zero. Para ser mais preciso, do nascimento do Capitão Kirk. Assistimos esse momento, os seus primeiros anos e do pequeno vulcaniano Spock, como eles se tornam a tripulação da Enterprise e, principalmente, o início dessa enorme amizade.

A dupla, por sinal, dá todo o tom do filme. Zachary Quinto, o Sylar está impecável como Spock – a semelhança com o velho Spock, Leonard Nimoy, impressiona – e Chris Pine, deixou de ser um anônimo ator coadjuvante para alcançar um posto de galã nerd como seu rebelde e inconseqüente Kirk.
Os coadjuvantes também fazem bonito com Karl Urban, Zoe Saldana, John Cho, Anton Yelchin, entre outros. Outro mérito de Abrams nesse projeto é o fato dele não ser um daqueles fãs religiosos da série. O resultado é que Star Trek é, antes de qualquer coisa, um filme de ação nerd, que consegue atingir uma nova geração não habituada à série e ajudar a cultivar uma nova legião de fãs. Mais uma vez, o toque de Midas de Abrams entra em ação.